sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Florbela Espanca

                                                       Ser Poeta

 Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
 Do que os homens! Morrer como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além-Dor

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de infinito!
por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

O verão com as suas tardes longas dá para revisitar os  nossos poetas.
Nada melhor que a nossa Florbela Espanca para nos fazer companhia no terraço á hora do lanche.
Com um livro nunca estamos sozinhos.

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