sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz Ano de 2017

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Oração da Serenidade

Concedei-me Senhor a serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não posso modificar
Coragem para modificar aquelas que posso e
Sabedoria para conhecer a diferença entre elas.

Vivendo um dia de cada vez
Desfrutando um momento de cada vez
Aceitando que as dificuldades constituem o caminho da paz
Aceitando como ele aceitou
Este mundo tal como é e não como eu queria que fosse
Confiando que Ele acertará tudo
Contando que me entregue a sua vontade
Para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida
E supremamente feliz com Ele eternamente na próxima.


                                                            Reinhold Niebuhr



domingo, 18 de dezembro de 2016

Destes dias de advento

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Neste tempo de espera em que desejamos saúde, paz e  amor nos votos de boas festas que trocamos com amigos e familiares, é também para muitos tempo de compras, de luzes,bolas a brilhar no pinheiro, azáfama nas cozinhas a preparar o menu, muitos doces.
Vivemos estes dias com tanto encanto, temos o nosso lar, os olhos das nossas crianças brilham à espera do Pai  Natal, há à nossa volta o calor da família . Há paz e segurança.
No entanto, não posso deixar de pensar nas crianças a deambular nas ruas de uma cidade em ruínas, num País em guerra. Crianças, mulheres, idosos a fugir, nem eles sabem para onde.
Há muitos conflitos, muitas guerras, muitos interesses, muita corrupção.
 Há muitos inocentes a sofrer.
Não faço julgamentos, não entro em politicas, mas, como eu gostaria que Natal fosse mesmo Tempo de Paz e Amor em todo o Mundo.
Um Santo Natal !


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Pudim de mel de Monchique

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 Monchique, serra algarvia conhecida pelas suas termas e também reconhecida pela sua gastronomia serrana.
 Nas suas encostas existem eucaliptos, sobreiros, pinheiros e medronheiros, com uma vegetação de estevas,rosmaninho, tomilho.
Monchique  produz o  afamado medronho e um mel de excelente qualidade.
A sua gastronomia é rica de sabores. É comida de conforto.
Deixo hoje aqui a receita do seu pudim de mel. Não é um pudim para comer todos os dias, mas agora no Natal sabe bem.


  • 12 ovos
  • 1 colher de chá de canela
  • 1 colher de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de mel
  • 500 g de açúcar
  • raspa de um limão
  • manteiga q. b. para untar a forma
Misture muito bem todos os ingredientes, não bater demasiado.
Deite numa forma barrada com manteiga.
Leve a cozer em banho- maria cerca de uma hora em forno moderado.
O pudim é tradicionalmente servido na forma onde é confeccionado.
Bom apetite !
Bons doces !






quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Pastéis de grão

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Massa :
Põe-se numa caçarola um quarto de litro de água, uma colher de manteiga, o sumo de um limão e umas pedras de sal.
Quando a manteiga estiver derretida, retira-se do lume e vão-se juntando, pouco a pouco, 250g de farinha, a qual se amassa e bate muito bem.
Deixa-se descansar meia hora e depois é que se estende a massa com o rolo para fazer os pastéis.

Recheio:
Põem-se ao lume, numa vasilha, 250g de açúcar com pouca água, até fazer ponto de espadana.
Em seguida juntam-se-lhe 250g gramas de polme de grão cozido. 25 g de amêndoas doces peladas e passadas pela máquina, uma colher de chá de manteiga e uma pitada de canela.
Leva-se ao lume, mexendo muito bem até engrossar e retira-se do lume.
Batem-se quatro gemas que se juntam pouco a pouco ao doce já quase frio e depois das gemas bem incorporadas, levam-se novamente ao lume a enxugar.
Estende-se a massa e dá-se-lhe o feitio de pastéis de massa tenra ou de almofadinhas, recheiam-se com o doce de grão, fritam-se em óleo e passam-se ainda quentes por açúcar e canela.

Receita do livro A Mulher Na Sala E Na Cozinha.

Eu gosto muito destes pastéis, aconselho a fazer primeiro o recheio, para que na hora de fazer os pastéis o recheio esteja frio.
 Fiz uma vez com o recheio quente e o resultado foi um desastre, abriam-se ao fritar.




sábado, 26 de novembro de 2016

Este é o inverno

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" Um frio de leve
vem para ficar
A brisa suave
faz a árvore balançar
O vento sopra
assobiando
O céu escuro
vai ficando
As nuvens passam
de mansinho
A chuva chega
devagarinho
As pessoas correm
abrindo guarda-chuvas
Vi um homem de casaco
e uma mulher de luvas
É esse o inverno
sorrateiro
Vem chegando
e nem avisa primeiro "


                                                 Clarice Pacheco



terça-feira, 22 de novembro de 2016

De volta à poesia

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Aprendi a ler tinha seis anos e um mundo novo se abriu para mim.
Gosto de ler biografias, romances, romances históricos, livros de auto- ajuda, tudo menos ficção cientifica. E não gostava de poesia, não gostava... seria melhor dizer, não entendia, mas nós mudamos muito com a idade, o tempo vai-nos amadurecendo e o que não gostávamos passamos a gostar e não é só com a literatura, praticamente é com tudo. Com os anos perde-se umas coisas, ganhamos outras.
Eu ganhei sensibilidade para entender e gostar de poesia.
"
Quando eu for, um dia desses
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada
Serei um pouco de nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar
Suave mistério amoroso
Cidade do meu andar
( Deste já tão longo andar )
E talvez do meu repouso...."


                                                         Mário Quintana




sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Receita de coelho bêbado

Coelho bravo à moda de Arganil




Gosto de comer praticamente de tudo um pouco. Não sou muito esquisita, mas a carne de coelho tem que ser bem temperada e embora seja uma carne saudável, raras vezes a compro.
Esta é a receita que eu mais gosto, embora seja da teleculinária é a minha receita há já vários anos.


  • 1 coelho com cerca de 1,500 gramas
  • 1 cebola
  • 2 tomates pelados
  • 2 dentes de alho
  • 1 dl de azeite
  • 5 dl de vinho tinto
  • 1 folha de louro
  • sal e pimenta q. b.


1 Corte o coelho em pedaços ( peça no talho para o fazer ) deite-o para uma tigela, tempere-o de sal. pimenta, adicione-lhe os alhos picados, o louro e o vinho. Mexa, tape e deixe marinar de um dia para o outro no frio. No dia, escorra o coelho e reserve a marinada.

2 Leve ao lume um tacho com o azeite, deixe aquecer e junte o coelho e deixe cozinhar até ficar dourado. Adicione depois a cebola picada e deixe que fique dourada.

3 Junte o tomate picado e a marinada, mexa, tape e deixe cozinhar 40 minutos. Rectifique o sal e sirva com batatas cozidas ou se preferir com arroz branco.

Cá em casa é geralmente servido com um arroz de legumes, Em breve postarei a receita.
Quem gosta pode servir com batatas fritas.
Bom apetite !


sábado, 29 de outubro de 2016

Casacos

Casaco jacquard Viopa VILA     

Vou confessar, aqui que ninguém me ouve. Gosto muito de casacos de malha!
Sim eu sei, um blazer, casaco comprido,blusão, sobretudo, tudo veste melhor uma mulher que um simples casaco de malha.
 No Algarve as temperaturas são altas praticamente até ao Natal, sempre acima dos 20º, hoje esteve acima dos 22º, eu sufoco dentro de um casaco, só se for um blazer bem leve.
 Este casaco da La Redoute é o ideal, com uns jeans, uma blusa leve e a completar uns mocassins e estou pronta para sair e ir às compras. Gosto muito de andar prática e descontraída. Depois no Algarve é esse o modo de vestir, introduzido pelos turistas que se passeiam de bermudas e calções em qualquer época do ano.
Muito bem me disse uma senhora a passar aqui as férias " No Algarve as pessoas vestem-se muito mal " . Eu aceitei  a critica. Não se pode ter tudo !

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Caldeirada de lulas com batatas doces e ervilhas

Jardineira de lulas             


Quando o pescador de serviço ao fim de semana apanha lulas, pensamos logo num prato de comida de conforto, porque o Outono já se faz sentir  com as primeiras chuvas.
Andei a pesquisar na tele culinária e acabei por fazer à minha maneira, alterando a receita original.
Aqui vai como a fiz. Confesso que me inspirei nas caldeiradas da minha infância em que se consumia sempre produtos sazonais.

  • 1 kl de lulas médias limpas e cortas
  • 1kl de batatas doces
  • 2 tomates médios
  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho
  • 0,5 dl de polpa de tomate
  • 1 tigela de ervilhas congeladas
  • meio chouriço de carne
  • 0,5 dl de azeite
  • 1 copo de vinho branco
  • 1 folha de louro
  • salsa q. b.
  • sal e pimenta q. b.
Descasque as batatas e corte às rodelas, descasque e pique a cebola e os dentes de alho, limpe de peles e grainhas os tomates e pique também, corte em rodelas o chouriço.
Num tacho coloque o azeite, a cebola e os dentes de alho, deixe estalar um pouco e acrescente o chouriço deixe refogar um pouco e coloque as lulas,o tomate, a polpa de tomate e o vinho tempere com pimenta e deixe cozinhar, as lulas largam água, vá vigiando, quando precisar acrescente água quente, não muita.Quando estiverem quase cozidas acrescente as ervilhas e as batatas doces, tempere agora com sal.
 ( Nunca se põe o sal sem as lulas estarem cozidas, lulas, chocos ou polvo,o sal endurece os moluscos. Coisas que aprendi com os mais velhos.)
Acrescente um pouco de água, sem cobrir totalmente as batatas e deixe cozer, rectifique os temperos, polvilhe com salsa picada e sirva.
Muito bom, o sabor das lulas, ervilhas e batata doce.
Bom apetite !


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Clafoutis de peras

           

Estamos em pleno Outono! A estação do ano de clima ameno, dos dias mais pequenos que se vestem de cores e sabores doces.
Em todas as estações do ano a natureza presenteia-nos com legumes e frutos próprios da época, mas o Outono é tão pródigo e nos oferece tanto; maçãs, pêras, dióspiros,marmelos, romãs, ainda as abóboras, batatas doces, nozes, castanhas....tantas cores e sabores. É tempo de fazer compotas e marmelada. Fazer bolos com frutas para acompanhar um chá enquanto se põe a leitura em dia.
Sempre gostei muito das receitas da tele culinária e esta é uma delas, fazer agora que as pêras rocha estão aí tão doces e cheias de sabor.

  • 1.200 de pêras
  • 125g de farinha
  • 100g de açúcar em pó
  • 3 ovos
  • 3dl de leite
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • manteiga para untar
  • canela em pó para polvilhar
  • açúcar em pó para polvilhar
1. Deite a farinha num liquidificador, junte o açúcar em pó, a manteiga, os ovos e o leite e ligue até ficar uma mistura homogénea.
2. Unte um tabuleiro de louça com manteiga e ligue o forno a 180 graus. Lave as pêras, corte-as em quartos, descasque-os, rejeite-lhes as sementes, corte-os em gomos finos e deite-os no tabuleiro.
3. Regue com a mistura do leite e leve ao forno durante 40 minutos aproximadamente ou até que fique bem cozido. Espete um palito para verificar, retire do forno, deixe amornar e sirva polvilhado com canela e açúcar.
Bom apetite !

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Verão de 2016

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O outono está aí mesmo a bater-nos à porta e só agora depois destes dias de um calmo e soalheiro Setembro eu volto aqui a este cantinho.
Foi um verão muito intenso. Muito quente. Do meu terraço vi chegar pessoas pálidas e vi partir gente bem bronzeada. Do meu terraço ouvi o barulho dos carros a caminho das praias e também do meu terraço vi o fogo na serra de Monchique.
 Sim foi um verão  que não teve só mar, pés na areia e bolas de berlim. Foi um verão de incêndios, de tremores de terra, violência entre jovens e mortes de jovens que cumpriam um sonho.
Não tendo paciência para filas de transito e parques cheios de carros e meio metro de areia para colocar a toalha fiquei em casa e fui ouvindo e observando a vida.
Claro que o verão também me  trouxe dias bons, com netos, com a família reunida.
Ouve tempo para a leitura, a tetralogia de Elena Ferrante está no fim, um romance quase obrigatório neste verão.
 E agora é aproveitar estes dias de Setembro e caminhar à beira mar numa praia  onde realmente se descansa. E não tarda está aí o Outono, a minha estação.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Cântico da Terra

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" Eu sou a terra, eu sou a vida
Do meu barro primeiro veio o homem
De mim veio a mulher e veio o amor
Veio a árvore, veio a fonte
Vem o fruto e vem a flor

Eu sou a fonte original de toda a vida
Sou o chão que se prende à tua casa
Sou a telha da coberta do teu lar
A mina constante do teu poço
Sou a espiga generosa do teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço

Sou a razão da tua vida
De mim vieste pela mão do Criador
e a mim tu voltarás no fim da lida
Só a mim acharás descanso e Paz

Eu sou a grande Mãe universal
Tua filha, tua noiva e desposada
A mulher e o ventre que fecundas
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor

A ti ó lavrador tudo quanto é meu
Teu arado, tua foice, teu machado
O berço pequenino do teu filho
O algodão da tua veste
E o pão da tua casa

E um dia bem distante
a mim tu voltarás
E no canteiro materno de meu seio
Tranquilo dormirás

Plantemos a roça
Lavremos a gleba
Cuidemos do milho
do gado e da tulha
Fartura teremos
e donos de sitio
felizes seremos. "


                                                            Cora Coralina

terça-feira, 21 de junho de 2016

Eu e a moda

     


Confesso que não sou pessoa de seguir a moda. Gosto sim de adaptar a moda a mim. Pode até o modelo estar ultrapassado mas se gosto e me sinto bem uso. Sou incapaz de usar uma peça dita da "moda " se não me sentir confortável.
Na cidade onde vivo, o comércio tradicional praticamente deixou de existir. Lojas de pronto a vestir fecharam, em seu lugar abriram bazares, bares, restaurantes.
Como eu gostava do tempo em que havia as costureiras. Comprava os tecidos e todo o vestuário era feito por medida depois de escolhido o modelo.
Hoje percorro as lojas do centro comercial mais perto de casa e não consigo encontrar uma blusa. Os modelos são largos e curtos e  para uma pessoa de baixa estatura não favorecem em nada.
Nunca pensei em aprender costura, mas gostava muito de saber transformar um tecido num vestido ou blusa ao meu gosto.




domingo, 19 de junho de 2016

Sopas de beldroegas

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Já aqui escrevi que gosto muito do Alentejo. Gosto muito da costa alentejana, das suas planícies, suas gentes, o cante e gastronomia.
 Nos tempos mais difíceis para alimentar a familia era preciso tirar partido de tudo o que a natureza  dava e assim nasceu uma gastronomia perfumada com aromáticas que vão desde os coentros ao hortelã da ribeira, aos poejos e aproveitando todas as plantas comestíveis como os espargos, cogumelos, acelgas e as beldroegas.
Do pouco se fez muito, uma alimentação rica, saborosa e perfumada.


  • Dois ou três molhos de beldroegas
  • 1 kg de batatas
  • 4 cabeças de alhos
  • 2 queijos brancos
  • 4 ovos
  • 1,5 dl de azeite
  • sal
Arranjam-se as beldroegas, utilizando só as folhas e escaldam-se para tirar o ácido. Arranjan-se as cabeças dos alhos, que deverão ser inteiras, retirando somente as películas exteriores. Num tacho coloca-se o azeite e fritam-se ligeiramente os alhos. De seguida, juntam-se as beldroegas que deverão refogar ligeiramente. Deita-se água suficiente para a sopa, um litro e meio e o queijo partido aos quartos, deixando ferver um pouco. Juntam-se as batatas, cortadas às rodelas grossas. Quando estiverem quase cozidas escalfam-se os ovos. O sal deste prato deve ser bem doseado, porque normalmente o queijo branco de cabra tem muito sal. Serve-se esta sopa com pão às fatias, num prato fundo. Numa travessa apresentam-se as beldroegas, as cabeças de alho, o queijo e os ovos.

Qualquer pessoa que tenha um quintal onde tenha plantado uns tomateiros ou feijão verde sabe que as beldroegas nascem espontaneamente entre as outras plantas. É só colhe-las e aproveitar todas as suas propriedades muito ricas para a saúde.

A receita é do livro Cozinha Regional do Alentejo de Manuel Fialho.




quarta-feira, 15 de junho de 2016

Pão-de-ló à minha maneira

Pão-de-ló



  • 6 ovos
  • açúcar, igual ao peso dos ovos
  • farinha, metade do peso de açúcar
  • raspa de um limão
  • manteiga e farinha para untar a forma
Comece por untar a forma com manteiga e polvilhe com farinha.
Ligue o forno, calor médio.
Separe as gemas das claras, bata estas em castelo e reserve.
Bata muito bem as gemas com o açúcar, acrescente a raspa do limão e vá alternando suavemente as claras e a farinha.
Coloque na forma e leve ao forno.
Não abra a porta do forno enquanto o bolo estiver a crescer. Depois utilize o método do palito.
Não deixe cozer demasiado o bolo para não ficar muito seco.
Bom apetite!
( uso sempre farinha branca de neve com fermento )

O tempo continua muito incerto. Hoje mesmo no Algarve apetece uma chávena de chá e uma fatia de bolo.

   
( imagem da teleculinaria )





quinta-feira, 9 de junho de 2016

Não esquecer...

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" Amar não é olhar um para outro, é olhar juntos na mesma direcção. "

                                                  Antoine de Saint-Exupéry





terça-feira, 7 de junho de 2016

O Guardador de rebanhos

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" Eu nunca guardei rebanhos
Mas é como se os guardasse
Minha alma é como um pastor
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela..."

                                                               Alberto Caeiro



sexta-feira, 3 de junho de 2016

O jacanrandá florido

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No final da primavera e principio de verão estão aí os jacanrandás; florindo praças, jardins e avenidas.
Lindos!

O jacanrandá florido
Brando cantar trazia
Branda a viola da noite
Branda a flauta do dia

O jacanrandá florido
Brando cantar trazia
O vinho doce da noite
A água clara do dia

Quem o olhava bebia
Quem o olhava escutava
O jacanrandá florido
Que o silêncio cantava


                                                     Matilde Rosa Araújo







terça-feira, 31 de maio de 2016

Menino



" No colo da mãe
a criança vai e vem
vem e vai
balança
nos olhos do pai
nos olhos da mãe
vem e vai
vai e vem
esperança

Ao sonhado
futuro
sorri a mãe
sorri o pai
maravilhado
o rosto puro
da criança
vai e vem 
vem e vai
balança

De seio a seio
a criança
em seu vogar
ao meio
do colo-berço
balança

balança
como o rimar
de um verso
de esperança

Depois quando 
com o tempo
a criança
vem crescendo
vai a esperança
minguando
e ao acabar-se de vez
fica a exacta medida
da vida de um português

Criança
portuguesa
da esperança
na vida
faz certeza "

                                               Manuel Lopes Fonseca







quinta-feira, 26 de maio de 2016

Gaivota......Alexandre O`Neill

https://www.youtube.com/watch?v=bhagDjqN_ww

Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar

Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração

Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me  o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse

Que perfeito coração
Morreria no meu peito
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.


domingo, 22 de maio de 2016

Eu escrevi um poema triste

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" Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incertezas....
Nem importa, ao velho Tempo
Que sejas fiel ou infiel....

Eu fico, junto à correnteza
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que escreves
Faço barcos de papel!! "

                                               Mário Quintana




                                             



terça-feira, 17 de maio de 2016

Não esquecer......

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"Faça o que for para ser feliz. Mas não esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber a sua simplicidade. "


                                                                   Martha Medeiros


segunda-feira, 9 de maio de 2016

No mistério do sem-fim

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" No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim,
e no jardim, um canteiro:
no canteiro, uma violeta,
e sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim
a asa de uma borboleta. "

                                                                         Cecília Meireles



sábado, 7 de maio de 2016

Chovem duas chuvas

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" Chovem duas chuvas
de água e de jasmins
por estes jardins
de flores e de nuvens

Sobem dois perfumes
por estes jardins
de terra e jasmins
de flores e chuvas

E os jasmins são chuvas
e as chuvas jasmins
por estes jardins
de perfume e nuvens "

                                                         Cecilia Meireles

Um sábado de chuva....
Sábado de descanso bom, mesmo numa primavera chuvosa há dias que têm o seu encanto.



quinta-feira, 5 de maio de 2016

Coisas de que eu gosto ( 9 )

https://www.youtube.com/watch?v=HHzb4tx1uPw

Hoje é Quinta feira da Ascenção!
Já aqui escrevi que gosto de tradições!
Quinta feira da Ascenção ou Quinta feira da espiga, dia de ir passear pelos campos e apanhar o ramo da espiga e colocá-lo atrás da porta da entrada da nossa casa para dar sorte.
Sim gosto de tradições, as que são a alma do nosso povo. E gosto, muito, do Cante Alentejano.
E gosto de ouvir António Zambujo.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O rio e o oceano

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" Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode  voltar.
Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano , mas, tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem!! Avance firme e torne-se oceano." "

                                                                              Osho




segunda-feira, 2 de maio de 2016

Tentar sempre

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"
Tente. Sei lá,tem sempre um pôr de sol esperando para ser visto, uma árvore,um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. "

                                                                               Caio Fernando Abreu




sábado, 30 de abril de 2016

Pequeno poema

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" Quando eu nasci
ficou tudo como estava

Nem homens cortaram veias
nem o sol escureceu
nem houve estrelas a mais
somente
esquecida das dores a minha Mãe sorriu e agradeceu

Quando eu nasci
não houve nada de novo
senão eu

As nuvens não se espantaram
não enlouqueceu ninguém

Para que o dia fosse enorme
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...."

                                                                Sebastião da Gama

Um dia feliz a todas as mães .





quinta-feira, 28 de abril de 2016

Assim eu vejo a vida

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" A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
minha condição de mulher
aceitar suas limitações
e me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver ! "

                                            Cora Coralina



terça-feira, 26 de abril de 2016

Canção do dia de sempre

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" Tão bom viver dia a dia
a vida assim jamais cansa...

Viver tão só de momentos
como estas nuvens do céu...

E só ganhar, toda a vida
inexperiência...esperança...

E a rosa louca dos ventos
presa à copa do chapéu

Nunca dês um nome a um rio
sempre é outro a passar

Nada jamais continua
tudo vai recomeçar !

E sem nenhuma lembrança
das outras vezes perdidas
atiro a rosa do sonho
nas tuas mãos distraídas "

                                                               Mário Quintana




sábado, 23 de abril de 2016

Dia do livro

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As minhas ultimas leituras !



Apontamento

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" É tão bom
sentir a ventania lá por fora
e a calma cá por dentro !...

Ou o contrário disto ;
vento e raiva cá por dentro e lá fora uma calma
Que mais parece um gesto ou um olhar de Cristo...

Ou então
chegar a esta confusão
de não saber se o vento é lá fora
se é cá por dentro...."

                                                                 Sebastião da Gama



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Tiramisu cremoso ( a próxima sobremesa )

Resultado de imagem para receitas de tiramisu facil 

Tiramisu uma sobremesa muito conhecida mas que eu nunca confeccionei.
Na próxima reunião familiar, esta será a sobremesa !

  • café forte 1 dl
  • rum 1 dl
  • açúcar 100 g + 50g
  • queijo Mascarpone 250 g
  • palitos tipo la reine 200g 
  • cacau 3 colheres de sopa 
1. Prepare o café, junte o rum e deixe arrefecer. Separe as gemas das claras. Bata as gemas com 100 g de açúcar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Junte o Mascarpone e misture bem. Bata as claras até fazerem espuma, acrescentando aos poucos o restante açúcar e continuando a bater até estarem bem firmes. Incorpore-as delicadamente no preparado anterior.
2. Reserve oito palitos, passe rapidamente os outros pela mistura de café e rum e coloque no fundo da taça, por cima distribua  o creme e repetir e leve ao frigorífico pelo menos 6 horas. Na altura de servir polvilhe com o cacau e decore com os palitos que reservou.

Receita da revista Sabe bem faz bem !  ( Setembro / Outubro 2015 )
Na receita original o doce é feito em taças individuais. Eu vou fazer numa taça grande.
Um bom dia doce !


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